O tradicional churrasco gaúcho preparado em família nos finais de semana ganhou um ingrediente amargo nos últimos dias: a preocupação com a origem da carne.
O cuidado com a procedência do produto foi acentuado no Rio Grande do Sul, onde o churrasco é o prato típico, desde que a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal (PF), revelou o comércio de carne vencida e adulterada.
Cerca de trinta empresas são alvo da operação, o que inclui marcas populares como Friboi, Sadia, Seara e Perdigão - dos grupos JBS e BRF.
Segundo a PF, fiscais do governo receberiam propina, que teria beneficiado especialmente os partidos PP e PMDB, para facilitar a venda de carne vencida ou adulterada - usada, principalmente, como matéria-prima para embutidos.
As autoridades dizem ter identificado uma série de práticas ilegais na produção das empresas, como mascarar o aspecto de carne deteriorada, injetar água no frango para aumentar seu peso e adicionar ingredientes em quantidades que desrespeitavam as leis.
As empresas negam irregularidades e afirmam que estão colaborando com as investigações.
Nos últimos dias, após a deflagração da operação, gaúchos trocaram cortes bovinos embalados vendidos em supermercados por carne fresca comprada diretamente do açougue. Por isso, a movimentação nos açougues especializados aumentou.
BBC BRASIL
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